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É dia da mãe e no escritório onde passo a maior parte dos meus finais de dias, mantenho na parede este quadro que a filha me fez, não sei em que ano, porque isso não me interessa, a propósito deste dia, e que hoje partilho com vocês.
Não gosto do dia, ponto final.
Gosto sim, dos gestos diários que recebo deles e que eu partilha com eles. É este amor instantâneo e leal que me faz ser mãe completa,e filha completa da minha mãe.
Isso para mim, são os verdadeiros dias da mãe.
Os obrigatórios, os de calendário que dão tudo mas não dão nada, não me interessam.
Já o disse aqui num meu post, anterior.
Estes dias são feitos de angústia para muitas mães, ou pais, ou avós, que nada recebem porque a vida não lhes proporcionou venturas, ou porque não podem, ou por muitas outras razões.
Por isso, acabem com a marcação de calendário destes dias cheios de gestos de dar, muitos deles alimentando um comércio, mas que deveriam ser gestos diários e de afetos sem marcas de consumismo.
Poderei ser uma mãe com frustrações. Talvez sim ou talvez não.
Dia da mãe é todos os dias.